27/10/2015 13h08 - Atualizado em 27/10/2015 13h08

Marido traído é suspeito de matar empresário em Goiânia, diz polícia

Segundo o delegado, suspeito também é empresário e deve se apresentar.
Câmeras registraram quando homem passa de carro e atira; veja vídeo.

Vitor SantanaDo G1 GO

A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (27) que o empresário Rildo José Brasão, de 41 anos, foi morto a tiros pelo marido de sua amante, no Jardim Ipiranga, em Goiânia. Para o delegado responsável pelo caso, Thiago Martimiano, não há dúvidas de que o crime foi cometido por motivo passional. Câmeras de segurança flagraram o momento em a vítima foi morta, quando chegava para trabalhar (veja acima).

Segundo o delegado, o suspeito do crime também é empresário, de 39 anos, e vai se entregar nesta tarde. "Ele desconfiava que sua mulher, uma dona de casa de 32 anos, estivesse tendo um caso com outro homem. Ela confessou que o traía. O marido então disse que não faria nada com ela pensando nos filhos, mas que sairia e faria uma besteira", contou o delegado.

O G1 tenta contato com o advogado de defesa do casal desde as 11h, mas as ligações não foram atendidas até a publicação dessa reportagem.

As investigações mostram que o suspeito saiu ainda na madrugada de segunda-feira (26) e esperou a vítima chegar para trabalhar. Ao avistá-lo, disparou 11 tiros com uma pistola calibre 380 na direção da vítima e, em seguida, fugiu. Imagens de câmeras de segurança registraram toda a ação.

A polícia chegou até o suspeito após ligar as características do carro do suspeito aos números da placa que davam para serem vistas nas câmeras de segurança. "Depois desse trabalho de investigação, nós conseguimos encontrar a mulher na casa da mãe. Quando eu perguntei se ela sabia por que eu estava ali, ela disse que sim, que o marido tinha ligado e contado o que tinha feito", relatou o delegado.

Rildo José Brasão Empresário é morto após ser baleado quando chegava ao trabalho em Goiás (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Brasão)Rildo foi morto após ser baleado quando chegava
ao trabalho (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Brasão)

Traição
A dona de casa contou ao delegado que manteve um relacionamento com Rildo durante um mês. "Segundo ela, os filhos estudam em uma escola próximo do comércio da vítima. Toda vez que passava pelo local, era assediada pela vítima, até que um dia não resistiu e eles começaram a manter um caso", contou o delegado.

Para o investigador, não há indícios de que a mulher tenha ligação com o crime. "O suspeito estava sozinho no carro quando atirou. Ee já tinha planejado isso", explicou.

O suspeito deve ser indiciado por homicídio qualificado. Se condenado, pode ficar preso de 12 a 30 anos. Entretanto, como ele não foi preso em flagrante e deve se apresentar à polícia, vai responder o inquérito em liberdade.

Vídeo
O crime ocorreu pouco depois das 7h, quando Rildo chega ao local e estaciona seu Toyota Corolla branco na calçada da empresa de esquadrias de alumínio.

Em seguida, um VW Fox branco aparece no vídeo e o condutor atira contra o empresário.
Ferido, Rildo abre a porta do carro e cai no chão. Ele também estava armado e atirou contra o veículo, mas o atirador consegue fugir.

O empresário senta no chão e se apoia na porta de trás, mas logo se deita segurando a arma. Ele foi socorrido e conduzido ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Empresário Rildo José Brasão foi morto quando chegava para trabalhar, em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Empresário Rildo José Brasão foi morto quando chegava para trabalhar (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Família chocada
Filha de Rildo, a recepcionista Gabriela Pires Brasão, de 20 anos, lamentou a morte do pai.
"A família toda está chocada ao ver nos vídeos como meu pai morreu. Ele era uma pessoa trabalhadora, que lutou muito para chegar onde estava", disse ao G1 no dia do crime.

Ela estava no trabalho quando soube que o pai havia sido baleado. Uma cunhada de Rildo, que afirmou que trabalha perto da empresa da vítima, disse que ouviu os disparos e o levou para o hospital.

Gabriela diz que o pai já havia sido assaltado várias vezes e que por isso resolveu comprar uma arma. Mas ela não soube dizer há quanto tempo o pai tinha a arma. "Depois de sofrer os roubos, ele resolveu se armar e sempre reagiu aos assaltos”, contou.

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